Sobre uma taxa de desemprego de 5%: só acredita quem quer

"O PT acabou com a miséria e deixou níveis ínfimos de desemprego no país". Você também ouviu frases como essa durante o ano de el...

"O PT acabou com a miséria e deixou níveis ínfimos de desemprego no país". Você também ouviu frases como essa durante o ano de eleições que tivemos? Brasil, um país de trabalhadores, certo. Vamos encarar alguns fatos e cálculos.

De acordo com o IBGE, o país possui, em média, uma taxa de desemprego de 5% da população ativa. São cerca de 1 milhão e 200 mil pessoas. No Brasil, mais de 14 milhões de famílias recebem o Bolsa-Família. Considerando que para receber o auxílio é necessário ter uma renda familiar inferior a 70 reais - ou entre 70 e 140 reais em alguns casos - por mês, onde estão, pelo menos, os 14 milhões de desempregados? Isso se consideramos um por família apenas. Recebendo menos de 150 reais por mês alguém pode ser considerado empregado?

Será que somos ruins de matemática ou o governo está escondendo alguns dados? No mínimo, algumas contas foram deixadas para trás na hora de calcular a taxa de desemprego. 

O jornal Epoch Times tem um artigo (escrito por Bernardo Santoro em dez/13) muito interessante sobre o assunto, e vou tentar resumi-lo: nas contas do IBGE, pessoas procurando emprego não constam, assim como os que desistiram de procurar emprego, chamados "desalentados". No caso do Bolsa-Família, os beneficiados que trabalham estão na lista dos empregados; os que não trabalham, não estão na lista de desempregados. Também pessoas que fazem trabalhos "curtos" (no fim de semana, por exemplo) são consideradas empregadas, mesmo recebendo menos que um salário mínimo.

As contas sem maquiagem foram feitas pelo Instituto Mises Brasil: foi estimada uma taxa de desemprego de 20%, quatro vezes o valor que tanto ouvimos das bocas de certos políticos. Mais uma prova de que pesquisas são facilmente manipuláveis, principalmente a favor dos mais poderosos. Não precisa ser anti-PT, tucano ou qualquer coisa assim para perceber a falsidade dos índices. Até quando vamos ter que aceitar mentiras e mais mentiras sobre a situação real do país? 

O cálculo do IBGE

De cada 100 brasileiros em idade de trabalho: 53 trabalham, 3 procuram emprego e não encontram e 44 não trabalham e não procuram emprego.

Logo, as 44 pessoas que não trabalham e não procuram emprego não aparecem nas estatísticas aqui. E isso é divulgado? Até parece. (Fonte: Istoé)

Obs.: ainda de acordo com o IBGE, 75% dos beneficiados pelo Bolsa-Família trabalham. Para receber o auxílio precisa ter renda inferior a 140 reais, como afirmei no segundo parágrafo. História mal contada, ein?

Obs 2.: Os dados do segundo parágrafo são da Carta Capital, antes que alguém diga que eu inventei "dados fascistas".

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