Clichê da esquerda é dizer que os defensores do livre mercado odeiam os pobres por criticarem o auxílios estadistas. Uma lógica de mercado facilmente mostra o contrário, e uma leve compreensão do sistema capitalista demonstra isso (da série aprendi com Mises).

Para o Estado intervir e auxiliar os mais pobres, é preciso arrecadar fundos. Por exemplo, para pagar o Bolsa-Família aos cidadãos necessitados, o Estado precisa dos impostos. A esquerda logo traz o argumento de aumentar impostos para os grandes empresários "detentores do capital", porém como os grandes empresários ganham seu lucro? Vendendo para as grandes massas. Aumentando os impostos das grandes empresas, os preços aumentam. Logo, as pessoas que consomem qualquer produto verão preços maiores nas prateleiras.

Nesse sentido, a única coisa que o intervencionismo causa é aumento de pobreza. Por quê? Simples. O governo aumenta os impostos para uma latifundiário, por exemplo. Esse aumenta o preço do leite, para suprir o déficit causado pelo aumento de gasto. O consumidor, seja ele de classe média ou trabalhador simples, quando for comprar o leite para alimentar sua família, vê o preço aumentar e precisa trabalhar mais para obtê-lo - ou fica sem o leite. Assim funciona o sistema capitalista em que as pessoas trabalham para consumir.

"Nós temos um sistema que aumenta impostos sobre o trabalho e subsidia o não-trabalho", disse Milton Friedman. Não defendo o fim do Bolsa-Família de forma alguma, pois há pessoas que precisam de auxílio sim, porém o aumento frequente de impostos para financiar atos governamentais é um ciclo vicioso que empobrece a população. Friedman acreditava que a solução era o investimento privado, e no Brasil hoje, parece o certo. A esquerda gosta tanto dos pobres que os multiplica através do Estado acima de tudo, e a Direita prega o contrário; liberdade individual, busca pela própria riqueza.